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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Por Que Dói?


Quem corre, sabe que não se livra das dores jamais - administra-as.

Essa matéria da Revista O2, ajuda a dar uma luz, e orienta como prevení-las. Mas vale lembrar: em caso de dor, procure um profissional, seja ortopedista, ou fisioterapeuta. A dor indica que algo não vai bem, e que pode virar um problema mais sério, portanto, bom senso e cautela sempre, ok?


Por que dói? Postura incorreta

Excesso de peso e corrida sem orientação podem gerar fortes dores na coluna lombar

Fortaleça e alongue a musculatura lombar. Foto: Shutterstock



Um total de 80% dos adultos sofre crises agudas de dores nas costas — que se repetem ao longo da vida. O alerta é da Organização Mundial de Saúde, que reconhece no problema um dos principais motivos para a falta ao trabalho no mundo. A origem de dores lombares agudas em corredores, a lombalgia, está primeiro em músculos ou ligamentos próximos que sofrem irritação e in. amações, mas também podem nascer de articulações, discos e vértebras atingidos pelo desgaste mecânico degenerativo da atividade. A corrida — com alto impacto sobre a coluna — exige o fortalecimento de todo o suporte muscular da região.
Ainda assim é reconhecida como preventiva e benéfica, desde que orientada por pro. ssionais: equilibra a musculatura, lubri. ca articulações com o aumento de circulação e preserva a saúde da coluna.
Dores moderadas costumam ser rápidas, normalmente por um dia ou dois, quando até a manutenção de atividades leves facilita o tratamento. No caso de persistência por semanas ou sintomas agudos, procure auxílio médico. Diagnosticada e tratada, a causa da dor poderá ser eliminada em até três meses. O cuidado evita uma grande ameaça: crises repetitivas.
Como Acontece
Um complexo sistema de grupos musculares contrapostos mantém o movimento do corpo em equilíbrio. No tronco, entre a barriga e as costas (dorsais com abdominais). Os chamados músculos lombares permitem . car de pé, andar, correr e carregar com os braços. Pouco usados, sujeitos a movimentos bruscos ou forçados demais, podem distender junto a ligamentos também conectados aos ossos da coluna (vértebras) e gerar spasmos e travamento dos movimentos por dores.
A dor também pode nascer associada às vértebras, que suportam pressão vertical através de suas curvaturas e por mecanismo hidráulico (discos intervertebrais).
Nesse caso, pode ter muitas origens, pois está associada ao amplo sistema de nervos que passa pela região (uma hérnia de disco, por exemplo).
Dificuldade de movimentação e formigamento em braços e pernas exigem tratamento médico imediato pelo risco de compressão do nervo ciático.
Causas
• Má postura, praticando esportes ou na vida diária
• Sobrepeso, gordura e  acidez abdominal que interferem no equilíbrio
• Uso de tênis inadequados em pisos irregulares e rígidos
• Joelhos desalinhados, pernas arqueadas e pés chatos ou calvos
• Curvaturas na coluna (hipercifose e hiperlordose) ou escolioses
• Inflamação, desordem artrítica ou degeneração das costas
• Forte condição de estresse psicológico, tensão e depressão SINTOMAS
• Dor lombar fraca e esporádica que se repete depois dos treinos
• Dores lombares contínuas ou em posições específicas acima do quadril
• Dor aguda repentina capaz de travar completamente os movimentos
• Distensão e espasmos que migram para as nádegas e atrás das coxas
• Rigidez, formigamento e dormência na panturrilha ou pé
Tratamento
• Medicação, sob orientação clínica, para controle da dor
• Repouso, com manutenção de atividades diárias leves
• Fisioterapia para reabilitação, manutenção ou ganho articular
• Exercícios de fortalecimento contra desequilíbrios musculares
• Alongamentos e exercícios leves: caminhadas, natação e bicicleta
Prevenção
Postura correta:
• Na corrida – cabeça erguida, pescoço relaxado, ombros e costas retas, tronco levemente inclinado, joelhos à média altura e cadência de braços dobrados invertida à posição das pernas, peso bem distribuído entre os pés e pelve bem fincada para entro
• Ao trabalhar sentado ou dirigir – costas retas e pés paralelos
• Ao carregar ou empurrar objetos pesados – joelhos  flexionados e uso da força das pernas para empurrar ou levantar
E também:
• Manter o peso adequado (segundo o IMC – Índice de Massa Corporal)
• Fortalecer e alongar o transverso do abdome e posturais para estabilizar e atenuar esforço extra no tronco
• Evitar desidratação dos discos vertebrais com hidratação correta
Retorno à corrida
Depois de:
• Total alcance de movimento comparado com antes da lesão
• Recuperação auxiliada por atividade física controlada
• Correr, saltar, girar sobre o tronco, sem sentir a mínima dor
• Completar programas de exercícios e conscientização postural

FONTE Dr. Arnaldo José Hernandez é professor associado da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do exercício e do Esporte (SBME) e chefe do Grupo de Medicina do Esporte e Cirurgia do Joelho do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas (FMUSP).



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