Fábio, do Blog Run2B, escreveu
um Post aproveitando um tema que foi abordado no site da Revista Runner's World
( http://run2b.com.br/2012/07/04/peso-morto/ ).
No artigo da Runner's, muitas
opiniões sobre a influência do peso no desempenho da corrida e as dificuldades
para se perder peso.
Sem ter nenhuma pretensão de
abordar o tema sob uma ótica técnica (nem de longe), mas com o que aprendi e
vivi nesses 12 meses de corrida, vou tecer algumas considerações para tentar
trazer uma luz à questão.
Vamos considerar o seguinte:
1-) Uma pessoa sem outros
problemas que não o de peso (hormonal, etc.).
2-) Massa magra leva mais tempo
para ganharmos, do que gordura para perdermos.
3-) Distinguir os que querem
perder peso, dos que desejam um corpo mais definido
4-) Igualmente, separar os que
precisam perder peso pois correm com o objetivo de reduzir seu tempo, dos que
correm moderadamente para manterem-se saudáveis, apenas
5-) Atividade aeróbica mais
eficiente para a perda de peso
Assim, como bem foi colocado num
dos comentários na Runner's, o ganho de massa implica num aumento de peso
total. E a musculação é importante para que as lesões diminuam, portanto a
musculação leva, em tese, a um ganho de massa, que, por sua vez, resulta num
aumento de peso.
Ora, considerando uma pessoa que
tem uma dieta não espartana, mas razoável, que corre e faz musculação, ela deve
apresentar uma perda de peso antes de sentir aumento dele por meio de ganho de
massa magra, ok?
Num segundo momento,
estabilizando seu peso, e ganhando massa, pode ocorrer um aumento de peso, mas
por aumento de massa magra, o que não compromete a saúde, certo?
O que as opiniões abordam, é
sobre o impacto desse aumento de peso no desempenho (tempo) da corrida. Eu acho
que essa inversão é demorada e lenta, de modo geral, e pode / deve se
acompanhada por profissionais como nutricionista/ professor de educação física,
para que não seja sentida a perda de desempenho.
Essa perda, tende a ocorrer
inevitavelmente, com o passar dos anos, tanto que vemos corredores migrarem
para ultramaratonas após perceberem que não conseguem mais melhorar/ manter seu
tempo. Mas estamos falando de pessoas que levam muito a sério esse parâmetro,
para a maioria dos corredores, uma redução de 50s/Km no pace não chega a
preocupar.
Então temos uma perda de peso
projetada inicialmente, que PODE, num segundo momento, aumentar o peso pela
massa magra, mas que pode ser compensada/ trabalhada através de um
acompanhamento profissional.
O que nos leva às queixas dos
que interromperam os treinos, e estão com dificuldade para voltar ao peso que
tinham antes de parar de correr. Como está o treino? Mesma frequência de antes?
Alimentação relaxada? Foi feita uma avaliação para saber se não há outro
problema no organismo? Porque a combinação de treino com alimentação adequada
traz, de fato, resultados efetivos. O que falta nesses casos, é buscar as
respostas certas para as perguntas corretas.
E vamos para outro ponto: só me
interessa perder peso a qualquer custo, ou desejo um corpo mais definido mesmo
que um pouco mais pesado? Em revistas como Men's Health, vemos relatos de
pessoas que ganharam 24 kg de massa magra em 2 anos, por exemplo. E isso nos
leva a pergunta: o que desejamos de fato?
Minhas observações me levam a
crer, cada dia mais, que chegando perto do peso "ideal", mais importante
que perder 2 Kg, é focar no % de gordura. Ele seria o fiel da balança: ajuda na
perda desses Kg restantes, define os músculos, melhora o aspecto geral do
corpo, e contribui para a melhora da saúde.
Logo, cada um, com seus
objetivos, tem os desafios a vencer, que demandam ações diferentes.
Então, qual é o seu objetivo?
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