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quinta-feira, 1 de março de 2012

Contusão, Força e Superação

Eu e Lorena começamos a correr em junho de 2011.

Logo no início, todos sugeriram fazer musculação também, para fortalecer os músculos e evitar lesões. Não fizemos.

1 mês e meio depois, Lorena começou a sentir dores no músculo da coxa. Continuou correndo mais uma semana, até não suportar mais (sabe aquela história de: "é só uma dor, vai passar?"). Foi no ortopedista que pediu uma bateria de exames. O problema não era no osso, e sim no músculo mesmo (lesão no quadríceps provavelmente devido ao esforço da musculatura enfraquecida).

Orientação: parar de correr, fazer hidroterapia 1 mês, voltar, repetir os exames, mais hidroterapia, voltar para avaliação, caminhar 30 dias, e só então, começar a trotar. Ou seja: 3 meses de molho.

Ela saiu do consultório toda murcha, coitada. Era de dar dó.

Fez a primeira sessão de hidro. Depois dela, a pessoa mais nova deveria ter cerca de.... 65 anos. Esse não era o problema, é que aquilo não combinava com o que ela esperava. O objetivo, além da saúde, claro, era voltar o mais breve possível. E nada indicava que seria mais rápido desta forma.

Primeira e última sessão. Não rolou, o pacote já estava até pré-reservado, mas não deu. No grupo, conversando com o pessoal, e lamentando, sugeriram procurar um fisioterapeuta, e indicaram um que já havia atendido alguns membros do grupo. Lá foi ela, toda quieta, reclamando que 3 meses ela não ia ficar sem correr, que não era possível isso, etc., etc.

Chegando lá, feita a avaliação, manipulação, e tudo o mais a que tinha direito, a previsão: 3 semanas para voltar, após mais algumas sessões. E não é que ela ia pro treino me acompanhar toda vestida como se fosse correr? 

Não faltou uma única sessão, fez os exercícios recomendados, segurou a onda, voltou sentindo um pouco até que a dor passou. Lindo !

20 dias depois, olha a dor na outra perna! Sem perceber, sobrecarregou esta, com medo da dor voltar na que estava machucada.

Não, não queriam viver sob o mesmo teto se isso acontecer com seu parceiro. Só que dessa vez a confiança era tanta no resultado, que a parada foi de apenas uma semana, e, embora tenha levado mais tempo para se livrar da dor desta vez, os treinos seguiram quase sem parar.

Pois, é, em setembro ela começou a musculação. Logo depois, eu também.

Resultado: não é que a danada, não raro, no ritmo dela, cumpre a planilha todinha, até quando tenho um dia daqueles e não vou até o fim? E quando vamos juntos, ela vai na minha planilha? Você vacila, ela vai, vai, te passa, segue, vai, e termina rigorosamente o treino. Só a ouço dizendo: "Vá mais devagar, pra não cansar", quando vejo lá está ela do meu lado, coladinha.

Todo cuidado é pouco e precaução nunca é demais, e aprendemos isso a duras penas.

Pior do que errar, é não aprender com os erros.




Coment·rios
1 Coment·rios

1 comentários:

  1. Gente, acreditem, quem já teve alguma lesão, sabe, e quem ainda não teve (e espero que não tenha), não imagina o que é. É INSUPORTÁVEL você estar ali e não poder correr. E foi justamente quando comecei a tomar gosto pelo esporte. Mas eu não deixava de ir, como disse Roberto, porque de certa forma foi a maneira que eu encontrei de me sentir presente no grupo. Eu ficava na tenda conversando, trocando experiências, enquanto Roberto corria. Foi bom, se ficasse em casa, acho que enlouquecia!
    Acho que a parceria é fundamental. Se não fosse pelo incentivo diário de Roberto, dos professores, dos corredores do grupo e do meu Fisioterapeuta, acho que não conseguiria (não vou dizer que não conseguiria, porque, quando eu quero sou insuportavelmente persistente) então acho que teria sido muito mais difícil!

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